quarta-feira, 5 de abril de 2006

Devastação

De repente, um vento forte tomou conta do lugar. Meus olhos fitaram o que a princípio parecia ser um rodamoinho, mas que ia tomando proporções demasiado exageradas, se transformando em um furacão. Tentava fugir, mas uma força estranha impedia. Corria para todos os lados a procura de uma saída, sem obter êxito.


Meu pensamento estava todo ocupado com tolices que não me permitiam racionalizar uma solução. Minhas mãos geladas, minhas pernas bambas, meu coração apertado, me faziam sentir um medo nunca antes experimentado. Seria o meu fim?


Movida por um impulso irracional fui em direção ao furacão, num ímpeto de enfrentá-lo. Arrebatada, fui arrancada do chão, expulsa da realidade sem chance de volta. Vivia agora mergulhada em fantasias...


Pisando em nuvens, percebi que toda aquela confusão, aquele cenário de devastação era interior, acontecia no meu coração: era amor.

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