terça-feira, 27 de junho de 2006

Perfil - Na Berlinda

Após grande parte dos jogos do Brasil, durante a Copa do Mundo, quem vai entrar ao vivo com o programa Gazeta Esportiva, usa saia, batom vermelho e cabelos louros na altura dos ombros. Michele Gianella, aos 26 anos, é apresentadora do programa de esportes há cinco. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, começou como repórter no programa de variedades Mulheres, da Rede Gazeta, fez mais de 80 reportagens, quando enfim foi convidada para integrar o núcleo de esportes da emissora. “Fui convidada, porque sou uma cria da casa”. Participa do programa Mesa Redonda, recebendo perguntas por e-mail, ao lado de Flávio Prado, Chico Lang, Celso Cardoso e Osmar Garrafa, e tem um quadro no programa Disparada do Esporte, transmitido pela rádio Gazeta AM, 890 mhz, no qual fala sobre os bastidores do mundo esportivo, às terças e sextas-feiras.

“No começo foi um pouco difícil, porque são muitos jogadores, muitos campeonatos”. Além disso, Michele vinha de um programa feminino de variedades. “Muita gente virava pra mim e falava: ‘você é modelo?’ e eu fazia questão de dizer ‘não, sou jornalista’. A beleza ajuda por um lado, mas por outro a cobrança em cima do seu trabalho é maior, você tem que provar todo dia que você é capaz, que é responsável e que sabe o que está fazendo”. Para driblar as dificuldades, criou uma estratégia que considera infalível. “Eu tenho um caderno de estudos, onde eu anoto os campeonatos, os nomes dos jogadores e algumas informações de cada um deles. Hoje já tô tirando de letra”, comemora.

Única mulher da equipe, Michele considera tanto o ambiente de trabalho como a relação com os colegas ideal. “Não existe isso de preconceito. Eu participo de todas as reuniões, eles me ouvem e todo mundo discute junto. É bem aquela coisa de equipe e acho que por isso os programas têm dado um resultado tão bacana em termos de ibope”, ressalta.
Michele diz que a convicção de ter ultrapassado todas as barreiras veio com o convite para integrar o Mesa Redonda. “É uma jaula de leões. Se você for um cordeirinho é devorado, seja pelos convidados, seja pelos comentaristas. Precisa ter o conhecimento, a postura, porque é um programa ao vivo, onde tudo pode acontecer”, explica a jovem jornalista. Após ter sido enfrentada pelo goleiro Rogério Ceni – quando chamou o São Paulo de amarelão no ar – e peitado o técnico Leão – que a acusou de usar a voz de um internauta para fazer uma pergunta delicada –, dá a dica de sobrevivência. “Tem que ser firme, porque senão eles acham que você só vai ficar adulando e não é isso”.

Um comentário:

Amanda Cotrim disse...

Olá..esbarrei em seu blog por um acaso rsrsr Estava procurando alguma coisa sobre a Michele Gianela e achei o seu texto. Gostaria de asber...Você é jornalista? POsso pedir uma coisa? nao se sua linha dentro do blog, mas que tal um texto sobre a questão da lei de imprensa e do diploma de jornalista?? Abraços..Amanda Cotrim